"Bloqueiem tudo na França" em 10 de setembro: a líder da CGT, Sophie Binet, está preocupada com um movimento "nebuloso"

Embora "as reivindicações sociais e a denúncia" da proposta orçamentária do Primeiro-Ministro "correspondam plenamente à nossa análise", "de resto, as coisas são muito nebulosas", explicou a representante sindical à France Inter. Ela acrescentou que seu sindicato "debaterá o assunto na próxima semana" e, em seguida, em nível intersindical, em 1º de setembro.

"Os métodos de ação não são claros e nós (...) estamos muito vigilantes sobre tentativas de infiltração e instrumentalização da extrema direita que, em certos lugares, está tentando desenvolver discursos antissindicais e redirecionar a raiva" contra "imigrantes e estrangeiros", argumenta o líder sindical.

Nascido nas redes sociais

Nascido nas redes sociais, o movimento "Bloqueiem Tudo", que convoca uma mobilização para 10 de setembro, recebeu apoio da França Insubmissa, dos Verdes, dos Comunistas e, posteriormente, dos Socialistas. Vários sindicatos, incluindo a CGT e a Force Ouvrière, realizarão reuniões internas na próxima semana para decidir sobre as ações, enquanto várias federações sindicais se unem ao apelo para "bloquear tudo" em 10 de setembro.

Em resposta à proposta de orçamento do governo, a Sra. Binet destacou iniciativas sindicais como a petição "StopbudgetBayrou.fr" , que coletou mais de 300.000 assinaturas.

O secretário-geral da CGT vem convocando, desde julho, uma "mobilização" contra as medidas de corte de gastos do Sr. Bayrou para reduzir o déficit público. "Nunca um governo foi tão fraco, cabe a nós agir", declarou o secretário-geral.